segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Roteiro Fotográfico pela Liberdade

O bairro da Liberdade, em São Paulo, é um lugar muito interessante. Local de encontro de culturas e povos, comércio intenso e movimentação constante de gente e veículos. Neste antigo e tradicional bairro muita gente vai para passear, comprar e comer, e é uma boa dica para os fotógrafos também.
Praça da Liberdade

Primeiro o bairro foi refugio de escravos, fugidos e libertos, depois cemitério para os pobres e mais tarde recebeu os orientais, primeiro os japoneses e depois chineses e outros. É também o local onde diversos tipos de pessoas vão para comprar, comer e passear.

Rua dos Estudantes

Para iniciar o passeio, se for sábado ou domingo, comece pela feira da Liberdade, bem na saída do metrô. A feirinha tem muito artesanato e comida típicos orientais, e pode render boas fotos, além de boas compras.

Mas o principal do bairro, pelo menos para os fotógrafos, creio que sejam as ruas. Com postes ao estilo japonês e alguns prédios com ar oriental e muita gente, de olhos puxados ou não, são ruas bem movimentadas e vivas.

Rua Galvão Bueno

Nos viadutos que passam por cima da Radial Leste há oportunidades para algumas cenas também.

Av. Radial Leste

Av. Radial Leste

Se der uma fome, uma boa pedida é a Bakery Itiriki, na rua dos Estudantes 24. A conceituada padaria tem pães e salgados de primeira, tanto os orientais quanto os tradicionais como croissant e coxinha, doces deliciosos e um bom café.

Na Liberdade encontramos a esquecida Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, na Rua dos Aflitos, um pequeno beco que é travessa da rua dos Estudantes. Esquecida e escondida, foi construída em 1774, ligada ao Cemitério dos Aflitos, o primeiro cemitério público da cidade, destinado ao sepultamento dos “excluídos” da época, principalmente negros e criminosos. Ali pertinho ficava o Largo da Forca, atual Praça da Liberdade, onde os condenados eram realmente executados.

Capela Nossa Senhora dos Aflitos

Em 1858, a inauguração do Cemitério da Consolação, resultou no fechamento do Cemitério dos Aflitos. Seu terreno foi loteado, ficando apenas o beco. A partir daí a capela só sofreu agressões, seja dos prédios vizinhos, que são muito próximos, seja das reformas mau feitas.

Ela está em estado péssimo de conservação, mas resiste heroicamente, como lembrança de uma época que muitos querem esquecer, principalmente a elite que insiste em dizer que vivemos num país justo e igualitário. É assim que conservamos nosso patrimônio artístico e cultural?
(fonte: http://blogs.abril.com.br/panoramasaopaulo/2006/11/capela-dos-aflitos.html)
Mas há muito mais na Liberdade. Para conhecer bem um bairro é preciso se embrenhar nele, conversar com as pessoas que vivem lá, entrar nos lugares, comer em vários locais e andar, andar muito. Se você descobrir mais lugares ou coisas interessantes por lá me avise!

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